segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Cadeia Pública


            Da estação, subindo pela rua principal, passa-se pela cadeia no largo do mesmo nome. O edifício consta do pavimento térreo onde estão as prisões, e do pavimento superior onde funcionam o júri e a polícia.
            Grossas paredes construídas de taipas e forradas de pranchões no interior das prisões, cercam o pavimento inferior, enquanto que as paredes do pavimento superior são construídas de adobos.
Ao fundo, o edifício ramifica-se em duas alas, ligadas por um muro, que fecham uma área que dá acesso à quatro prisões.
            Apesar de não ser uma construção antiga, a cadeia recente-se da necessidade de vários melhoramentos, que têm sido introduzidos, nos tempos modernos, em edifícios congêneres.
Entre as maiores necessidades salienta-se a falta de água e esgotos. Embora a limpeza seja feita todos os dias, removendo para longe os materiais fecais, etc., não quer isto dizer que as mesmas não estejam constantemente em depósito, prejudicando não só a saúde dos presos, como ainda infeccionando a cidade.
De há muito que o governo do Estado pretende remediar estes males, e para este fim já mandou fazer o respectivo orçamento, espera porém, que a municipalidade lhe possa ceder parte da água; quando estiver de proceder ao abastecimento da cidade.

Cadeia Pública
(abastecimento de água)

ATA DE 16 de agosto de 1884 (p.161, lv.V)

[...] Estando a cadêa d’esta cidade prestes a se concluir e ser entregue ao serviço público, convem que a Câmara providencie, para que a água que antigamente era da servidão e qual tem por origem o tanque feito no pasto hoje pertencente aos herdeiros do finado Modesto Antonio Mayer e sendo o mais próprio para ser serventuário da mesma cadêa;  proponho para que a comissão de obras públicas examine o estado dessa água e rego e proponha o melhor meio de concertar este, afim de que a dita água corra desembaraçada, não só para o (ilegível) da vida como para a limpesa necessária, e ao mesmo tempo orçada a quantia precisa para esse fim. Sendo aprovado esta proposta se officie a comissão alludida. Sala das sessões, 28 de agosto de 1884. a). Antonio José da Silveira Leite. Aprovado”.


(transcrição feita por Alexandre de Araújo, em 21 de agosto de 2008)

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